Glauco Rodrigues
Glauco Otávio Castilhos Rodrigues deu início à sua jornada artística como autodidata em 1945. Em 1949, foi agraciado com uma bolsa de estudos pela Prefeitura de Bagé e frequentou por três meses a Escola Nacional de Belas Artes - Enba, no Rio de Janeiro. No ano seguinte, fundou o Clube de Gravura de Bagé ao lado de Glênio Bianchetti (1928) e Danúbio Gonçalves (1925). Posteriormente, estabeleceu-se em Porto Alegre, onde participou do Clube de Gravura de Porto Alegre, fundado por Carlos Scliar (1920 - 2001) e Vasco Prado (1914 - 1998).
Em 1958, mudou-se para o Rio de Janeiro e integrou a primeira equipe da revista Senhor. Residiu em Roma entre 1962 e 1965, e após seu retorno ao Brasil, participou de exposições renomadas, como Opinião 66, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ. Durante o final da década de 1950, sua produção artística aproximou-se da abstração. No início dos anos 1960, voltou à figuração e passou a produzir obras influenciadas pela arte pop, abordando temas nacionais com humor, como a imagem do índio, o carnaval, o futebol, a natureza tropical e a história do Brasil. Essas temáticas inspiraram séries notáveis, como "Terra Brasilis" (1970), "Carta de Pero Vaz de Caminha" (1971), "No País do Carnaval" (1982) e "Sete Vícios Capitais" (1985).
Na década de 1980, Glauco Rodrigues foi laureado com o Prêmio Golfinho de Ouro Artes Plásticas pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro e publicou o livro "Glauco Rodrigues", que abarcava toda a sua obra. Em 1999, recebeu o Prêmio Ministério da Cultura Candido Portinari - Artes Plásticas, em reconhecimento à sua contribuição para as artes visuais brasileiras.