Luis Seoane
Nascido em Buenos Aires em 1 de junho de 1910, Luis Seoane era filho de emigrantes galegos que retornaram à Galiza em 1916. Estabeleceram-se primeiro na cidade da Corunha e depois em Santiago de Compostela, onde Seoane estudou Direito e mergulhou nos meios culturais e artísticos que lideraram a renovação na Galiza. Foi lá que ele realizou suas primeiras exposições de desenhos e aguarelas.
Durante esses anos, Seoane conciliava seus estudos e sua prática jurídica com sua paixão pela ilustração, pelo desenho satírico e pelo design gráfico. Ele contribuía para jornais políticos e vanguardistas como Yunque, Claridad, Ser, Universitarios e la Hoja Volandera, alimentando o debate sobre a necessidade de desenvolver um discurso em torno da arte galega.
Sua atividade política o levou a retornar exilado a Buenos Aires em 1936, onde continuou seu trabalho como cartunista e editor em jornais. Publicou diversos artigos sobre os horrores da Guerra Civil Espanhola, e por essa razão lançou seu primeiro álbum de desenhos, "Trece estampas de la traición". Lá, fundou e dirigiu seu primeiro semanário, "Galicia libre".
Seoane sempre foi fascinado pelo poder da imprensa e esteve envolvido na mídia ao longo de sua vida, seja como colaborador, diagramador, diretor ou como co-fundador de jornais como o "Correo Literario", ao lado de Arturo Cuadrado e Lorenzo Varela em 1943, ou "Galiza Emigrante", do qual foi promotor, editor e diretor entre 1954 e 1959.
Mesmo enquanto mergulhava na edição, Seoane sempre alternava sua atividade com a pintura a óleo. Na década de 1940, deu o salto para a pintura, expondo pela primeira vez em Buenos Aires. Embora estivesse imerso na gráfica e na edição, ele se via primordialmente como pintor. Realizou exposições de pinturas a óleo em Buenos Aires, Montevidéu, Londres, Nova York e anualmente na Galeria Bonino desde 1954.