Maciej Antoni Babinski
Babinski (Varsóvia, Polônia - 1931) foi um verdadeiro polivalente artístico, destacando-se como gravador, ilustrador, pintor, desenhista e professor ao longo de sua vida.
Nascido em um período conturbado pela Segunda Guerra Mundial, sua família migrou para a Inglaterra em 1940. Foi lá que ele deu seus primeiros passos na arte, recebendo aulas de aquarela do padre Raphael Williams O.S.B., que o introduziu à técnica da pintura ao ar livre. Posteriormente, em 1949, a família se estabeleceu em Montreal, Canadá, onde Babinski continuou sua formação artística. Estudou pintura na McGill University com John Goodwin Lyman, além de ter aulas de gravura com Eldon Grier e cursos de desenho e pintura na Art Association of Montreal com Goodrich Roberts.
Durante seu tempo no Canadá, Babinski também se aproximou do grupo de vanguarda Les Automatistes, reunido em torno de Paul-Émile Borduas, e expôs com eles em 1952 no Musée des Beaux-Arts de Montréal. Em 1953, Babinski mudou-se para o Brasil, estabelecendo-se no Rio de Janeiro até 1965. Lá, teve contato com importantes artistas como Oswaldo Goeldi, Augusto Rodrigues e Darel, e participou de diversas exposições coletivas.
Destaque-se também seu trabalho como ilustrador, tendo realizado 24 águas-fortes para o livro "Cadernos de João", de Aníbal Machado, em 1961. Sua presença no cenário artístico brasileiro foi marcada por exposições individuais em galerias como Selearte, em São Paulo, e Petite Galerie, no Rio de Janeiro, em 1962 e 1964, respectivamente.
A trajetória acadêmica de Babinski incluiu lecionar no Instituto Central de Artes da Universidade de Brasília (ICA/UnB) em 1965, antes de se mudar para Minas Gerais em 1966, onde lecionou na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) de 1979 a 1987. Após sua aposentadoria em 1991, ele se instalou em Várzea Alegre, no interior do Ceará.
Sua contribuição para as artes foi reconhecida em 2004, com a realização da retrospectiva "Babinski: 50 Anos de Brasil", no Conjunto Cultural da Caixa, em Brasília.