Thomaz Ianelli
Tomie Ohtake (Kyoto, Japão, 1913 - São Paulo, Brasil, 2015). Pintora, gravadora, escultora. Ao longo de sua trajetória, ela produziu inúmeras pinturas, gravuras e esculturas que ganharam o mundo.
Mas mais do que ter se tornado uma das principais representantes do abstracionismo, a artista deixou um legado valioso que continua a reverberar firmemente.
Vem para o Brasil em 1936, fixando-se em São Paulo. Em 1952, inicia-se em pintura com o artista Keisuke Sugano. No ano seguinte, integra o Grupo Seibi, do qual participam Manabu Mabe (1924-1997), Tikashi Fukushima (1920-2001), Flavio-Shiró (1928) eTadashi Kaminagai (1899-1982), entre outros.
Após um breve período de arte figurativa, a artista define-se peloabstracionismo. A partir dos anos 1970, trabalha com serigrafia, litogravura e gravura em metal. Surgem em suas obras as formas orgânicas e a sugestão de paisagens.
Na década de 1980, passa a utilizar uma gama cromática mais intensa e contrastante. Dedica-se também à escultura, e realiza algumas delas para espaços públicos. Recebe, em Brasília, o Prêmio Nacional de Artes Plásticas do Ministério da Cultura - Minc, em 1995. Em 2000, é criado o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.